quarta-feira, 20 de junho de 2012

As Crônicas de Eustáquio: O universo, Dom Pedro I e o texugo montanhês


Certa vez, o jovem Eustáquio, após tropeçar e bater com a cabeça, teve uma iluminação sobre a natureza do universo. Segundo a teoria de Eustáquio, a  expansão do universo cessaria e logo o mesmo começaria a se comprimir até o Big Crunch, que seria sucedido por outro Big Bang, seguido de expansão até o ponto de outra compressão, sendo o nosso universo apenas um enfeite similar a um pisca-pisca, numa estrutura similar à uma árvore, que é apenas um enfeite de um feriado similar ao Natal, comemorado por seres similares aos humanos, mas tão grandes que suas pupilas possuem tamanho similar ao nosso universo.

A partir desse raciocínio inicial, Eustáquio deduziu que esse universo maior onde vivem esses seres estupidamente enormes também é um enfeite similar a um pisca-pisca, numa estrutura similar à uma árvore que é apenas um enfeite de um feriado similar ao Natal, comemorado por seres similares aos seres similares aos humanos, mas ainda mais estupidamente enormes.


Eustáquio batizou a ideia como Teoria dos Múltiplos Universos Natalinos.

A maior implicação da teoria de Eustáquio foi mostrar como a expansão do universo prova que todo dia é Natal. Dessa forma, ela foi amplamente defendida por donos de lojas de presentes do mundo todo, se tornando rapidamente a teoria vigente sobre a natureza do universo.

Com a aceitação internacional dessa teoria, o mundo todo passou a comprar presentes de Natal todos os dias, levando a economia mundial á prosperidade nunca antes vista e alguns Papais Noéis de Shopping à morte por exaustão.

Infelizmente, a teoria de Eustáquio foi abandonada após algum tempo, parte por cientistas do mundo todo provarem que o Big Crunch se mostra improvável devido á expansão do tecido do espaço-tempo estar se acelerando, parte por ninguém mais aguentar assistir ao Especial de Natal da Xuxa todos os dias na tv.

Desiludido com o rechaçamento de sua aparentemente promissora teoria, Eustáquio decidiu investir em outra ideias sobre a natureza do universo e dos feriados. Atualmente, Eustáquio trabalha numa teoria que diz que as supercordas, as partículas fundamentais do nosso universo, são apenas ondas sonoras de gritos de independência de imperadores similares a Dom Pedro I, às margens de rios similares ao Ipiranga, só que tudo estupidamente pequeno.

Essa mesma história se repetiu com o ser similar ao Eustáquio, habitante do universo similar ao nosso, mas estupidamente enorme. Já o ser similar ao ser similar ao Eustáquio, habitante do universo similar ao universo similar ao nosso, mas ainda mais estupidamente enorme, morreu após tropeçar e bater com a cabeça, evento cataclísmico que resultou na morte de 10 bilhões de seres similares aos humanos, mas do tamanho de texugos montanheses.

domingo, 15 de abril de 2012

As Crônicas de Eustáquio: A mostarda, o centauro e o ketchup


Certa vez, o jovem Eustáquio, tentando inventar um condimento que parecesse ketchup, fosse feito de maionese e tivesse gosto de mostarda, acabou acidentalmente
 descobrindo um exoplaneta orbitando a estrela Alpha do Centauro, num processo incompreensível a mentes triviais. Eustáquio batizou o planeta como "Jarbas".

Para a infelicidade do jovem Eustáquio, o planeta Jarbas não foi aceito pela União Astronômica Internacional, parte por não ser grande o suficiente para adquirir forma esferoide por ação de sua própria gravidade, parte por terem achado "Jarbas" um nome muito gay para um planeta.

Semanas mais tarde, Eustáquio teve sua breve carreira na astro-culinária definitivamente encerrada com a publicação de um  artigo científico escrito por renomados astrônomos da União Astronômica Internacional, no qual provavam, de forma cientificamente incontestável, que Jarbas era na verdade uma mancha de condimento a base de maionese, descrito como semelhante a ketchup e de sabor quase completamente diferente de mostarda, numa foto tirada pelo telescópio Hubble. O artigo ainda ressaltava o caráter homossexual do nome Jarbas.